Eu, Jasmine, vivi um dos dias mais intensos de toda a minha vida. Por obra do destino, me apaixonei, amei e fui amada, deseje e fui desejada... Pelo melhor amigo do meu noivo.
Heytor, Jasmine e Guilherme...Três nomes, três vidas e um único destino.
15 de Março de 2010, este dia tinha tudo para ser apenas mais um dia em minha vida, mas não foi, o destino me reservou uma surpresa, conheci Heytor, o novo aluno do cursinho, rapaz culto, dono de um romântismo invejável, não é necessário dizer que me apaixonei, que senti minhas pernas tremerem, que ouvi muito alto o batimento do meu coração.
Nos tornamos amigos e de amizade para amor, foi um pulo. O tempo passou, Eu e Heytor estávamos noivos, mas tudo estava prestes a mudar. Os estudos trataram de nos separar, Heytor foi aceito na Universidade de São Paulo e eu ingressei na Universidade da Bolívia.
Mesmo com tamanha distância a nos separar, decidimos não dar um fim em nosso relacionamento, mantivemos contato, trocávamos e-mails, sempre conversávamos, a cada ligação de Heytor, eu sentia que ele era realmente o meu escolhido para amar e respeitar por todos os dias da minha vida. Quanto mais o tempo passava, mais eu o amava , mais queria sua presença ao meu lado, poder beijá-lo e dizer o quanto o amo, esses eram apenas os meus desejos. A minha realidade era outra.
Na Universidade, a solidão e a falta que Heytor me fazia estava acabando comigo. Construí novas amizades, descobri um novo amor, conheci Guilherme. Provei de um sentimento novo, Guilherme me resgatou de um mar de solidão onde eu estava a me afogar. Senti-me viva novamente. Por pouco tempo.
Recebi um e-mail de Heytor que dizia apenas: – Quero falar contigo!É urgente, irei ai amanhã - Meu coração palpitou e minhas mãos ficaram trêmulas, sai de casa para me acalmar, entrei na igreja para amenizar minha culpa. Pensei em falar para Guilherme que estava noiva,
mas decidi não o fazer, confessei meu pecado ao padre e como sermão ele disse que meu noivo poderia estar vindo para marcarmos a data do casamento e que depois da ida de Heytor para São Paulo eu poderia terminar tudo com Guilherme e dar um fim a tudo isso, tudo acabaria bem.
No dia seguinte, dia da chegada de Heytor, fui às pressas na casa de Guilherme para dizer que não poderíamos nos encontrar naquele dia, bati na porta umas cinco vezes e ninguém veio me atender, de repente, a porta se abre, ao entrar me deparo com o corpo ensangüentado de Guilherme, ouvi uma voz atrás de mim que disse: -Por sua culpa matei meu melhor amigo!
Era a voz de Heytor, descontrolado, segurou-me e pela ultima vez o senti perto de mim, meu coração voltou a bater forte e Heytor o parou com um tiro em meu peito.
O padre estava errado!
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